20:00 – Os Estados Unidos confirmaram nesta terça-feira 64 casos de gripe suína no país e alertaram que a situação vai piorar, o que levou a Casa Branca a pedir ao Congresso uma verba extra de US$ 1,5 bilhão para combater a doença.
Dos 64 casos confirmados, a maioria – ou seja, 45 -, se concentra em Nova York, mas as autoridades sanitárias do estado já disseram que centenas de pessoas podem ficar doentes.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA informou que, além dos 45 casos de Nova York, há dez na Califórnia, seis no Texas, dois no Kansas e um em Ohio.
No condado de Los Angeles, as autoridades investigam a morte de duas pessoas, segundo o jornal “Los Angeles Times”. Caso os óbitos se confirmem, serão os dois primeiros casos fatais da gripe suína nos EUA.
Como prevenção, Obama enviou uma carta ao Congresso pedindo dinheiro para aumentar os estoques de antivirais e reforçar os trabalhos de supervisão.
“Numa mostra de grande cautela, estou pedindo ao Congresso que inclua no (Orçamento para o) ano fiscal de 2009 uma verba extra de US$ 1,5 bilhão para reforçar a capacidade de nosso país de responder ao potencial avanço deste surto”, diz a carta.
No domingo, o Governo americano disse que a situação da saúde pública nos EUA era de “emergência”. Hoje, Richard Besser, diretor interino do CDC, disse que “são esperados mais casos”, mas que, como acontece com qualquer outra doença infecciosa nova, é impossível prever o ritmo com que a gripe suína avançará.
Segundo o especialista, os EUA estão cooperando com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições, e também com os Governos do Canadá e do México, este último o mais afetado pelo surto, que já matou pelo menos 20 pessoas no país.
Besser lembrou que nos EUA, que têm mais de 300 milhões de habitantes, a gripe comum provoca cerca de 36 mil mortes ao ano, e, em linha com o que foi dito pela secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, afirmou que a previsão é que a gripe suína provoque mortes entre os americanos.
No resto do mundo, a situação piorou, tanto com o aparecimento de novos casos em Israel e na Nova Zelândia, como com a confirmação da primeira pessoa infectada na Costa Rica, que, assim, se une ao grupo de países também integrado por México, EUA, Canadá, Espanha e Reino Unido.
Ao todo, há mais de 100 doentes ao redor do mundo e uma longa lista de casos a serem confirmados. Todas as mortes registradas até o momento aconteceram no México.
Apesar do avanço da doença, os EUA se mostraram contrários à adoção de medidas mais rígidas, como o aumento das inspeções na fronteira.
Fazendo eco ao discurso de Obama, Napolitano reiterou que o avanço da gripe suína é motivo de preocupação, mas não de alarme.
Além disso, destacou que medidas mais rigorosas gerariam aumento nos gastos e teriam efeitos mínimos no combate à propagação do vírus.
Nesta terça, os EUA reiteraram a recomendação para que os americanos evitem viajar ao México. Além disso, é esperado que, até o fim do dia, o Senado confirme no cargo a secretária de Saúde, Kathleen Sebelius, que tomará posse praticamente sem assessores.
Os sintomas da gripe suína são similares aos da gripe comum e incluem febre, tosse, dor de garganta, dores musculares, dores de cabeça, calafrios e fadiga. Alguns doentes também têm tido enjoo e diarreia.
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